casa 8, assombração 8 - vendo a tal casa do pai com sino com ouvido de frente para você - VENDIDA

 

um poema foi emparedado e trancafiado num dos confessionários dessa igreja, 


casa 8, assombração 8





o objeto é o oitavo da série de casas malassombradas, uma série dentro da série de Objetos Estranhamente Poéticos, os OEPs.

a casa está, os badalos estão, a assombração está! 
na casa 8 mora o sino, objeto infame e operado, sabe deus, por qual pecado seu, moram santos e êxtases, mora a entidade poema, um fantasma, um falatório sussurrado azucrinante (será o poema a força que move o sino, signo da culpa dominical, um inferno na torre da casa do pai, oh!), OMG! 

quem levar a casa para casa, leva também a decisão: quebrar a casa do pai, profanar o azul celeste, destruir a fina película que separa a confissão poética da vida cotidiana, quebrar com a igreja para conhecer o poema OU não quebrar e conviver com a assombração de que existe naquela pequena igreja, no santo badalo ecoante, além da sua mundana relação com signos cristãos, um poema que ninguém mais conhece (além dessa senhoura que vos fala), O M G!




o objeto é feito em cerâmica fria + um guizo doirado + alguma cola + poema + tinta acrílica + verniz (um pouco de saliva, talvez e, com sorte, pelo de gato). mede 7 cm de altura, 7 cm de largura das costas e fachada com torre, 4.5 cm de profundidade catequista da qual ecoam aves marinhas, culpa, sua voz, gestos que excedem a cerimônia para além da hóstia grudada no céu de sua boca! aha! que horror! e, sim, a assombração (que mal fez o poema? que mal fez o poema?), esconjurado juramento, um dito mal dito, trancafiada zica num dos confessionários, ah!!!







interessades, 
por favor,
entrem em contato com a profanadora corretora no
 carladiacov@gmail.com













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